segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

A histeria sobrou até para o Saci!

 

Durante o Gre-nal de 25/02 pelo campeonato gaúcho, a jornalista gremista Gisele Kümpel reclamou de "importunação sexual" por parte do mascote do Internacional. 

À primeira vista, nós pessoas sensatas podemos acreditar que o abraço e o beijo por parte do mascote não a incomodou, mas o que a incomodou foi o fato que um torcedor do Inter ter a abraçado para comemorar o gol do colorado sobre o Grêmio.

A ideia de que um beijo e um abraço não autorizado no ambiente futebolístico é um "abuso sexual", chega a cair no ridículo para a maioria dos boleiros ou para qualquer pessoa sensata. Ninguém com bom senso, com pelo menos um mínimo de inteligência e integro acreditaria nisso. Mas como o caso está sendo noticiado em qualquer jornal como algo relevante, acreditamos que devemos comentá-lo.

Primeiro, o futebol é um ambiente de contato. Não é que nem vôlei ou xadrez. O contato existe tanto por parte dos jogadores e tanto por parte dos TORCEDORES. Se tu vai ao estádio para assistir um clássico e espera sair de lá sem ter o contato com alguém, é a mesma coisa que ir a uma balada e esperar que ninguém a olhe como um objeto. 

Se ela não quiser contato, deve procurar outra área para trabalhar ou outro esporte para acompanhar. Numa área ou num esporte onde as paixões da população não aflorem. 

Segundo, existe uma grande histeria por parte de alguns ideólogos (entende-se ideólogo no pior sentido possível) que o beijo ou abraço sem consentimento ou qualquer ato masculino que vise a "humilhação" por parte da mulher seria "estupro", ou "assédio" ou "importunação sexual". Mesmo consentido não tem garantias que não foi "assédio", por exemplo. O caso do ex-presidente da Real Federação Espanhola de futebol está aí para provar. Porque, ele deu um beijo consentido na jogadora, depois ela mudou de ideia e o acusou. No final, o ex-presidente foi obrigado a renunciar do seu cargo.

Acreditamos que é o nosso dever moral não engolirmos e não aceitarmos esses conceitos tão amplos, porque eles inviabilizam qualquer relacionamento saudável entre homens e mulheres. Se não existisse essa histeria, o beijo do Saci passaria despercebido e a jornalista chegaria em casa chateada porque o seu Grêmio perdeu um clássico.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Carrie, a Estranha - Análise


O objetivo dessa postagem não é apenas analisar o livro, mas analisar os filmes e as análises que são feitas sobre a franquia. A analise não será profunda. Não pretendo escrever mais do que o necessário.

Carrie, a Estranha escrita por Stephen King em 1976. Foi o primeiro romance publicado pelo autor. O livro conta uma estória duma menina tímida que é atormentada tanto por sua mãe, como pelos seus colegas e até pelos professores. 

Diferente das demais vítimas de "bullying", a Carrie possui poderes e o utiliza para se vingar após ela ter sofrido a sua maior humilhação pública. 

Qualquer um que tenha sofrido o "bullying" sente uma simpatia pela Carrie. Eles são capazes de até justificar o massacre que é realizado na cidade Chamberlain. 

Eu particularmente não gosto de ler romances (já li alguns romances) mas não tenho a vocação para ser leitor do gênero. Vou analisar mais o conteúdo do que o método do escritor. 

Uma das coisas que me incomoda na obra é a estética da religião da mãe da Carrie (Margareth White). A sua religião é claramente uma versão de protestantismo e de catarismo criado por ela. Sendo o protestantismo uma religião, na maioria de suas versões, iconoclasta, não fazia sentido da sua casa estar recheada de imagens e de santos.

A introdução das imagens foram colocadas por causa da repulsa que o autor sente pelas imagens sacras. A teologia que a seita que a White criou não tem relação com a católica, mas sim com a protestante. Ela se centra na bíblia e não nas Sagradas Escrituras e na Tradição. 

A critica que se faz em cima de Margareth White é em relação dos malefícios do fanatismo religioso. Até porque o fanatismo em ideologias como democracia, liberalismos, comunismo, secularismo e etc está isento de criticas para muitas pessoas. O grande problema do fanático e ser fanático em religião.

O problema não está com o fanatismo em si, porque sem fanatismo não se faz uma revolução. Não se faz guerra ou não se faz uma torcida apaixonada por futebol sem fanatismo. O problema está na religião que a sra. White criou. Uma religião que seria catalogada como uma heresia nas igrejas protestantes mais tradicionais. Uma religião que durou até a existência de sua criadora. Não teve sucessor após a morte da sra. White. O seu início e o seu fim foi com ela. E não conseguiu ter mais de dois membros. Ao contrário do cristianismo que sempre foi uma religião popular. Só não teve popularidade em muitos países por causa da perseguição religiosa. 

A graça no banho de sangue que a Carrie sofre no Baile foi uma das coisas mais sem sentido da obra. Eu procurei achar graça nisso mas não consegui. O incidente no banheiro até dá para encontrar graça. Uma menina que fica histérica por causa de algo tão banal como a menstruação pode até ser engraçado. Mas achar graça ao ponto de rir como uma hiena porque a colega foi banhada por sangue? Isso é inacreditável! Dá para acreditar que pessoas que não gostem da Carrie e que estavam participando da brincadeira irão rir dela como uma hiena. As pessoas normais, a grande maioria do público, no máximo, dariam uma pequena risada, mas pela situação e não por causa da Carrie.

"Foi isto que fez todo mundo rir. Não havia jeito. Era um destas cenas que você ou ri ou enlouquece. Há tantos anos Carrie vinha sendo o alvo de todas as pilhérias, e todos sentimos que naquela noite éramos parte de algo muito especial. Era como se estivéssemos observando um ser humano se juntando novamente à raça humana, e eu, por minha parte, agradecia a Deus. E foi acontecer aquilo. Aquele horror!
Portanto, não havia outra coisa a fazer. Ou a gente ria ou chorava, mas como seria possível chorar por Carrie, depois de todos estes anos?"
(pág 93)

Com essa descrição da Norma Watson (ex-colega de Carrie) não teria dúvidas que a menina estaria envolvida na peça, que ela não gosta da Carrie e está procurando justificar o injustificável. Se eu tivesse o poder de condená-la ou de prendê-la, não hesitaria de cumprir o meu dever. Não teria dúvidas que ela participou do crime. 

Não existe dessa de rir ou chorar. A pessoa poderia ficar indiferente ao ocorrido. Coisa que ela poderia ter feito. 

Os filmes de 2002 e de 2013 corrigiram isso. Não faz sentido todos rirem e não faz sentido da sua professora de Ed. Física, a senhorita Desjardin rir. 

A professora por causa do grau de envolvimento que ela teve com a Carrie. Ela encarou uma das alunas mais problemáticas e mais ricas da escola por causa dela. Era para a professora ter uma grande simpatia por ela ao ponto de vê-la humilhada em público de socorrê-la o mais rápido possível e não perder o seu tempo rindo. 

Essa parte acontece no livro é para justificar o que vem a seguir: a destruição da escola e da cidade. Porque a Carrie sendo extremamente humilhada como foi no livro, faz com que o leitor tome o seu partido. 

Outra pessoa que na minha opinião deveria ser presa é a Sue Snell. 

"Uma coisa ninguém entendeu em relação aos acontecimentos em Chamberlain naquela noite do baile. A imprensa não entendeu, nem os cientistas da Duke University; Davidi Congress tampouco — embora The Shadow Exploded seja talvez o único livro razoavelmente decente escrito sobre o assunto —, e muito menos ainda a Comissão White que me usou para bode expiatório.
Existe um fato que é fundamental: éramos crianças. Carrie tinha dezessete anos, eu e Chris Hargensen também Tommy Ross, dezoito, Billy Nolan (que repetiu a nona série antes de aprender a dar seus golpes durante os exames), dezenove."
(pág 46)

É difícil engolir a narrativa de Sue Snell que ela emprestou o seu namorado porque ela estava arrependida. Se eu estivesse no livro, com certeza tomaria partido da Comissão White. Sue é culpada pelo crime. Essa passagem do livro onde ela passa pano para ela e para a sua amiga Chris é uma evidência que ela é culpada.

Vamos pensar. Por que a Sue não tomou a solução mais simples, que seria ir até a Carrie e pedir desculpas, ao invés de emprestar o seu namorado, que poderia gerar muito mais problemas, pois a Carrie poderia se apaixonar por ele, por entender errado o que está acontecendo, o seu namorado poderia ter uma caso com a Carrie (querendo ou não, a Carrie é mulher e muitos homens não veem problema em fazerem amor com meninas feias). 

No livro ela diz para a sua amiga que ela fez isso porque queria que a Carrie participasse mais das coisas. Coisa que a Carrie faz. O problema é que ela é rejeitada pelos grupos que ela tenta se enturmar. 

Se a Sue é culpada, por que ela foi até a Carrie no final da sua vida? Simples. Remorso. Ao ver que a Carrie estava destruindo a cidade por causa da "brincadeira", ela procurou ir até a Carrie para tentar consertar o problema que ela tinha causado. O livro diz que a Carrie ainda estava viva quando ela chegou. Mas isso é a narrativa da Sue. Carrie poderia estar morta. 

Ao meu ver os filmes fazem um desserviço ao público colocando a Sue Snell como a mocinha. Sendo que ela é culpada pelo crime contra a Carrie. Se o vice-diretor processa-se a Chris, ele também processaria a Sue por causa do assédio contra a sua colega. 

Outro ponto importante que devemos levantar é a Carrie. A visão sensata que devemos ter sobre ela é que ela é a vilã. O que ela fez na escola, na cidade e em sua casa foi criminoso. Não temos outra classificação para isso. 

"Tommy Erbter, de cinco anos um de idade, vinha subindo de bicicleta pelo outro lado da rua. Era um garoto pequeno de olhar vivo, montado numa Schwinn de vinte polegadas, de rodinhas laterais vermelhinhas. Vinha cantarolando uma canção. Assim que viu Carrie, seu rosto se iluminou e esticou a língua para ela:
— Ei, cara de traque! Carrie, velha beata!
Carrie olhou para ele espumando de ódio. Apesar das rodinhas laterais, a bicicleta balançou e de repente virou. Tommy deu um grito, a bicicleta por cima dele. Carrie sorriu e continuou a andar. Os gemidos de Tommy eram doce música para seus ouvidos.
Se ela pudesse fazer estas coisas acontecerem sempre que quisesse! (sem mais nem menos)
Sete casas antes da sua estancou, os olhos fixos no nada. Atrás dela, Tommy subia choramingando na bicicleta, o joelho todo ralado. Gritou qualquer coisa para ela. Ignorou-o. Gente muito mais categorizada já havia gritado tanta coisa para ela... Tinha apenas pensado: (cai desta bicicleta garoto, te arranco desta bicicleta e te racho essa porcaria de crânio) e tinha acontecido qualquer coisa."
(pág 17)

A Carrie diferente ao que é apresentado nos filmes, ela não é uma menina bonita (no caso de 2013 é extremamente bonita) e boazinha. Ela é uma menina feia e rancorosa. Só não se vingava de todos porque não tinha poder para isso. 

"— É verdade sim — retrucou Miss Desjardim — Carrie, qualquer coisa que tenha acontecido antes...bem, está tudo esquecido. Queria que soubesse disto.
— Esquecer, não posso — disse Carrie levantando os olhos. As palavras que lhe subiram os lábios foram: Eu não culpo mais ninguém. Engoliu-as. Era mentira.
Culpava a todas, e sempre culparia e queria acima de tudo ser honesta — mas passou. Agora tudo passou."
(pág 84)

Como foi dito antes a travessura que ocorreu no baile não fazia sentido, pois não temos como rir disso. O que provavelmente aconteceu foi que a Carrie tomou o banho de sangue, algumas pessoas riram dela (isso acontece nos filmes de 2002 e 2013 (como a imaginação dela é histérica, ela pensa que todos estão rindo dela)). Qndo ela começa o massacre ela procura matar todos, mas ela não consegue matar quem estava envolvido com a "brincadeira". Não conseguiu matar Norman Watson, Tina Black, Vicky Mooney e Sue Snell. Nos filmes de 1976, 2002 e 2013 ela realmente consegue matar as meninas que envolveram com a "brincadeira". No filme de 2013 ela mata Tina Black com requinte de crueldade, por exemplo. É interessante notar que ela só mata a Chris porque ela e o seu namorado estavam indo em sua direção. Se eles tivessem decidido mudar de cidade por causa das notícias que estavam recebendo de Chamberlain, eles não seriam mortos por Carrie. Acredito que Stephen King fez com que o casal fosse em direção de Carrie para dar uma satisfação ao leitor. Para que o leitor não ficasse zangado porque os causadores do problema não foram mortos. Porque se para pensar, não faz sentido a Chris e o seu namorado irem em direção da cidade sabendo que está acontecendo uma catástrofe no local. 

Se formos montar uma hierarquia de vilões do livros, poderíamos dar o primeiro lugar para a Carrie (que é a ÚNICA HOMICIDA), em segundo lugar para a Margareth White (por ter criado uma seita maluca e enlouquecedora), em terceiro lugar para a Chris (por ter planejado a conspiração), em quarto lugar para a Sue (por ter enganado seu namorado, enganado a Carrie e por se passar de boazinha por todas as mídias possíveis (não colocaremos em terceiro lugar porque não temos prova que ela criou a conspiração, se ela fosse o pai, sem dúvidas ficaria em terceiro)), em quarto para o namorado da Chris, o Billy Nolan (por ter dado assistência a conspiração) e os demais vilões não será importante classificar.  

CONCLUSÃO

Assisti alguns vídeos sobre a analise do livro como no canal do Felippe Barbosa onde ele e outros professores indicam o livro como um bom material para falar sobre o "bullying". Ao meu ver esse não é um bom material, já que a vilã da obra é a vítima do "bullying" e o meu massacre é justificado. 

O autor e os filmes não dizem explicitamente que o massacre que aconteceu é justificado, porém os acontecimentos que precedem o massacre fazem com que tenhamos empatia pela menina e a vemos como vítima. Como nos dias de hoje e na década de 70 menos (mas também). A vítima tem quase uma carta branca para aplicar a sua vingança. Se ela aplicar, o seu ato será justificado moralmente pela sociedade. Ela pode ser legalmente presa ou executada pelas autoridades competentes. Mas a população, em sua grande maioria, não irá condenar as suas ações.

Imagine uma menina que sofre na mãos dos seus colegas desde o primário até o último ano do Ensino Médio. No baile da escola ela é enganada sendo eleita como a rainha do baile, ao invés de receber a coroa e a honra, recebe o sangue de porco podre, a reação dela é sair dali e abandonar o local. Os seus movimentos para ir embora geram risos nos espectadores. Não satisfeitos, alguém coloca o pé na frente dela e ela cai e a turma ri ainda mais dela. 

Nós seres humanos normais possuímos instintos que impediria de rirmos dela quando ela tropeçou ou quando caiu. Quando ela recebeu o banho, já entenderíamos que ela perdeu, foi derrotada, não tem mais noite para ela. Aprofundar mais na humilhação da garota é sadismo. Nem os animais quando veem que o seu inimigo está derrotado procuram torturar a sua vítima. 

O filme de 2002 procurou justificar as mortes dizendo que a Carrie perde a consciência no ato, ela agiu inconscientemente. No filme de 2013 ela salva a Desjardin e a Sue da morte, ela mata somente os seus agressores. 

Filmes onde é retratado o "bullying" e a dupla de vítimas entra na escola e mata seus alunos não deve ser vistos como boas obras sobre o tema. Devem ser vistos como subversivos. E devem ser censurados para o bem da coletividade. 

Enfim, não vejo a obra como boa. A solução para o problema de "bullying" na escola está nos professores, na direção, na secretária e no ministério. No caso especifico do livro, a resposta está na própria direção. O diretor Grayle fez bem em se demitir: 

"— ... e por isso acho que não posso mais continuar com meu cargo, já que sinto que a tragédia toda poderia ter sido evitada se eu tivesse tido uma previsão maior. Espero que o senhor aceite meu pedido de demissão a contar de 1 de julho, e que não haja inconveniente para o senhor nem para sua equipe..." (pág 131)

Fonte: https://kbook.com.br/wp-content/uploads/2016/08/Carrie-a-estranha-Stephen-King.pdf



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Os cristãos acreditavam que os reis representavam Cristo, a França é um exemplo disso

 

Numa das discussões que tive na internet, eu argumentei que os franceses acreditavam que os seus reis representavam Cristo, eles eram tenentes de Deus e que os bispos da França ensinavam essa opinião. 

Já o meu opositor contra-argumentou dizendo que isso era fruto da heterodoxia dos franceses. 

Se lermos um importante livro, A Conjuração Anticristã de Monsenhor Henri Delassus, perceberemos que a opinião é ortodoxa e tradicional. 

Segundo o Cardeal Merry Del Val, o Papa S. Pio X elogiou o livro e deu até a sua bênção ao Monsenhor.

"Sua Santidade vos felicita afetuosamente por haverdes levado a bom termo a composição desta obra importante e sugestiva...

As ideias e diretrizes de vosso belo trabalho são aquelas que inspiraram os grandes historiadores católicos: a ação de Deus nos acontecimentos deste mundo, o fato da Revelação,o estabelecimento da ordem sobrenatural, e a resistência que o espírito do mal opõe à obra da Redenção. Vós mostrais o abismo a que conduz o antagonismo entre a civilização cristã e a pretensa civilização que regride em direção ao paganismo. 

Quanta razão tendes em estabelecer que a renovação social só se poderá fazer através da proclamação dos direitos de Deus e da Igreja! 

Ao vos exprimir sua gratidão, o Santo Padre faz votos de que possais, com uma saúde sempre vigorosa, realizar inteiramente o plano sintético que traçastes, e como sinal de Sua particular benevolência, Ele vos envia a Bênção Apostólica. 

Com meus agradecimentos pessoais e minhas felicitações, recebei, Monsenhor, a certeza dos meus sentimentos bem devotados em Nosso Senhor." (pág 7)

Agora se olharmos o capítulo LXX. "Que esperar da França?", perceberemos que o Monsenhor acreditava que os reis da França eram representantes de Cristo e que eles representavam a sua majestade. Assim como o clero do Sacro Império Romano, o clero do Império Bizantino, o clero do Império Russo e etc.

É importante notar que, se a opinião fosse herética, heterodoxa e galicana, esse livro não teria aprovação do Santo Ofício. Ele não poderia ser publicado e muito menos teria elogios do Santo Padre.  

Vejam as citações:

"Pelo segundo erro e segundo atentado, a França estava colocada fora das tradições do gênero humano. Jamais, em toda a história, algum povo deixou de colocar a religião como fundamento à sua constituição, às instituições públicas e às leis. Nenhuma nação havia feito melhor do que a França; ela serviu mesmo, sob esse aspecto, de modelo aos povos modernos; foi ela a primeira a reconhecer a divina majestade de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Sua Igreja. O rei da França intitulava-se lugar-tenente de Jesus Cristo e proclamava, perante todos, os direitos soberanos do Salvador através dessa inscrição gravada nas nossas moedas: Christus vincit, regnat, imperat, palavras inspiradas por aquelas do Intróito da Epifania: Jesus Cristo tem em sua mão o reino, o poder e o império. Et regnum in manu ejus et potestas et imperium: "Ó povo dos Francos, exclamava em 1862 o cardeal Pie , remontai ao curso dos séculos, consultai os anais dos vossos primeiros reinos, interroga os feitos dos vossos ancestrais, as proezas dos vossos pais, e eles vos dirão que na formação do mundo moderno, no momento em que a mão do Senhor modelava novos povos ocidentais para agrupá-los, como uma guarda de honra, ao redor da segunda Jerusalém, a posição que marcou para vós, a parte que construiu para vós, vos colocava à testa das nações católicas. Vossos mais intrépidos reis proclamaram-se 'oficiais de Cristo'"". (pág 544).

"Os homens da Convenção quiseram ferir em Luís XVI não apenas um homem, não somente um Rei justo, mas o próprio Cristo, do qual ele era ministro, a própria Cristandade, da qual ele era o chefe. O que eles queriam derrubar com sua cabeça era a fé de Clóvis, de Carlos Magno, de São Luís; era o representante mais elevado, após o Papa, do direito divino que eles se vangloriavam de destruir. Eles queriam "descatolicizar não menos que desmonarquizar" a França e a Cristandade; eles queriam, em Luís XVI, atingir a "infame", "esmagar a infame". Pela intenção, o regicídio era, segundo certos homens, um verdadeiro deicídio." (pág 545).

"Existe um pecado da França como existe um pecado do povo judeu. O pecado nacional do povo judeu é o deicídio; o pecado nacional da França é o regicídio, é a Revolução e o liberalismo. Explico-me: Israel quis matar Jesus Cristo como Deus, a França em revolução quis matá-Lo como rei. O atentado cometido contra Luís XVI tinha seu contragolpe direto contra a própria pessoa de Cristo. Não foi o homem que a Revolução quis matar em Luís XVI, foi o princípio que o rei da França representava; ora, esse princípio era o da realeza cristã. Que quer dizer realeza de Cristo; é por isso que os reis da França se intitulavam oficiais de Cristo". Foi com este pensamento que Joana d'Arc, restabelecendo sobre a terra a realeza legítima, disse a Carlos VII: "Vós sereis lugar-tenente do rei dos céus que é rei da França". (pág 546).

Em suma, pelas citações podemos ver que os franceses e o próprio rei acreditavam que o monarca era tenente de Deus, representante da majestade de Cristo e ministro de Deus. Como foi dito, isso não acontecia somente na França, mas acontecia em outros reinos também. 

Não é uma heresia ter essa opinião em relação aos reis cristãos. Se fosse, o papa S. Pio X não iria permitir a publicação da obra do Monsenhor Henri Delassus. Se ela fosse publicada, ela seria publicada como uma obra herética e não como uma obra cristã.

Fonte: DELASSUS, Monsenhor Henri. A Conjuração Anticristã. O Templo maçônico que quer se erguer sobre as ruínas da Igreja Católica. Castela Editorial. 2º edição 2016.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

A Barbie está aí para provar que quem lacra lucra

 


Uma das mentiras que é divulgada entre os conservadores e os nerds de direita é que quem lacra não lucra. Exemplos disso são dados, como as séries She Hulk e Velma e filmes como a Pequena Sereia e Lighyear, por exemplo. 

É verdade que muitos filmes e séries que possuem lacração em suas animações não conseguiram ter sucesso e não conseguiram cobrir os gastos de seus filmes. Porém existem filmes que lacraram e lucraram, como a Frozen, por exemplo. E isso não é divulgado entre os conservadores. 

O motivo disso não ser divulgado é que tanto os conservadores e os nerds de direita acreditam no capitalismo e aceitam algumas pautas feministas e LGBT desde que não ultrapassem o limite do aceitável. Desde que não troquem a sexualidade ou a etnia do personagem principal, os conservadores e os nerds aceitam o conteúdo. 

Uma das mentiras que circulam entre os conservadores é que os trailers não demonstram que o filme seria lacrador e que ele seria um filme bobo para a família. 

Um dos trailer da Barbie demonstra a lacração (o empoderamento feminino). Onde a Barbie é demonstrada como a emancipadora das meninas. Onde elas não precisarão mais brincar com as suas bonecas para que um dia sejam mães (como sempre foi feito). Elas agora poderiam brincar com a Barbie e serem o que quiserem (uma das pautas do movimento feminista). 

A destruição das bonecas feita pelas meninas por causa da Barbie nos dá diversas interpretações e diversas ideias. Podemos até pensar no aborto (onde as mães destroem os seus próprios filhos semelhantemente como fizeram aquelas meninas).

A boneca Barbie foi feita em 1959 inspirada numa boneca alemã. Tanto a Barbie e quanto a boneca que a inspirou, traziam dentro de si a pauta feminista da "libertação" da mulher. De "libertar" a mulher do patriarcado e introduzi-la dentro do mundo capitalista. 

As meninas que antes brincavam com as suas bonecas, com o objetivo de treinarem as suas habilidades maternas, para que um dia se tornassem mães. Agora brincam com a Barbie para que um dia elas se tornem o que quiserem. Na verdade, elas se tornarão o que o mercado e o que o capital quiser. 

O feminismo no filme da Barbie não é nada estranho, na verdade seria estranho se a Barbie fosse conservadora. Ela não foi deturpada ou capturada pelo feminismo. O fato é que ela SEMPRE FOI FEMINISTA. 

As críticas que a Barbie recebe das feministas, que ela é uma fascista, que ela impõe padrão de beleza, que coloca um ideal inalcançável para milhares de mulheres e etc. Não destrói o feminismo da Barbie. Assim como as criticas ao stalinismo por parte dos comunistas não fazem com que o stalinismo deixe de ser marxista ou solicita ou comunista. 

Em suma, o filme é uma prova irrefutável de quem lacra lucra e que o capitalismo está por trás do feminismo contemporâneo. Afinal, o que seria da Barbie sem Mattel?


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Sim, o MGTOW faz parte do sistema

 

 

Em 2003 a Warner publicou a série Two and a Half Men. Uma sitcom onde dois irmãos (Charlie e Alan Harper) vivem juntos na casa de praia em Malibu. 

Charlie se apresenta como um músico, escritor de jingles bem sucedido, o dono da casa na praia. Enquanto o Alan é apresentado como um divorciado fracassado, um homem submisso as mulheres, um corno, um falso médico (ele é quiroprata).

Embora a série seja de humor, é inegável a sua influência sob o telespectador. A página do Facebook Orgulho de ser Hétero, por exemplo, tinha a foto do Charlie Sheen em seu perfil por influência da série. 

Uma das coisas que a série ensina é como um homem pode se ferrar ao ser submisso as mulheres e ao se casar. Nos dois casamentos em que o Alan conseguiu, ele sofreu com os divórcios e teve perca de bens e de dinheiro. 

No seu primeiro casamento com a sua ex-esposa Judith, ele perdeu a sua casa, os seus bens e teve que pagar pensão para o seu filho. Noutro casamento ele perdeu 1 milhão de dólares para sua segunda ex-esposa. 

Ao ver o personagem e as suas constantes humilhações diante das mulheres, muitos homens podem se sentir desmotivados a se casarem. Ao contrário do seu irmão. Ao vê-lo podem se sentirem motivados a terem uma vida promíscua, libertina e imatura. 

Porque Charlie não é submisso as mulheres e consegue várias. Ele não é casado e é por isso que ele não perdeu a casa, o carro, o dinheiro e os bens. Ele não tem filhos, não tem o porquê se preocupar com o desempenho da sua criança na sala de aula e não tem o porquê se preocupar se o seu filho é retardado como qualquer adolescente médio. 

Embora a série demonstra diversas fraquezas de Charlie, por exemplo, o fato de ser submisso a sua empregada, não faz com que muitos telespectadores deixem de admirá-lo.

Mas a questão a se fazer é, o que isso tem a ver com o MGTOW?

O MGTOW prega o estilo de vida de Charlie Harper e diz que se o homem for casado ou tiver filhos, ele sofrerá com o divórcio e com a pensão (assim como o Alan). 

A série que é transmitida num dos maiores canais estadunidense e o grupo de internet que prega a libertação da Matrix diz a mesma coisa. Isso demonstra que o MGTOW não prega o oposto que a Matrix diz, mas pregam exatamente o que eles desejam.

Desejo aos MGTOWs a sinceridade, que digam aos seus seguidores que eles não tiram ninguém da Matrix, apenas colocam nela pelas razões "masculinistas".

A melhor forma da pessoa estar fora da Matrix é constituir uma família cristã, apesar de todos os riscos que o mundo progressista nos apresentam.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Davi e Jônatas tiveram um relacionamento homossexual?



É comum vermos personagens históricos sendo vistos como homossexuais ou bissexuais. Se analisarmos as suas vidas e os textos que o relatam não encontramos nenhum motivo para acreditarmos que sejam homossexuais. Entretanto, como a interpretação de que existiam inúmeros personagens homossexuais é interessante para os progressistas e para a elite econômica, essa percepção é propagada como se fosse verdade. 

Se Davi fosse homossexual ou bissexual não se relacionaria com vários homens? Na Bíblia Sagrada fica claro a sua heterossexualidade (ele se relaciona com várias mulheres). Isso não acontece em relação a sua suposta "homossexualidade", ele não se relaciona sexualmente com vários homens.

Algumas passagens bíblicas são usadas para justificar a interpretação, como II Samuel 1, 26 "...Tu tinhas para mim tanto encanto, a tua amizade me era mais cara do que o amor (AHABAW) das mulheres."

 
Samuel 18, 1 "...Jônatas apegou-se a Davi. E Jônatas começou a amá-lo (AWHAB) como a si mesmo." 

As palavras hebraicas utilizadas nessas passagens não significam somente amor sexual, elas também podem significar amizade, amor que tu tem por si mesmo, o amor de Deus pelo homem e etc.
 
Se Davi fosse homossexual, nunca seria rei de Israel, pois a homossexualidade ERA PUNIDA COM A  MORTE. Se ele fosse, os hebreus JAMAIS o aceitariam como rei e JAMAIS ACEITARIAM A SUA DINASTIA.

O amor que Jônatas tem por Davi é comum. Hoje vemos homens que amam políticos, atores, jogadores, mais do que a si mesmos e isso NÃO SIGNIFICA que tenham sentimentos românticos e sexuais pela pessoa, mas apenas uma profunda admiração.
 
Confiram as palavras hebraicas e os seus significados:

Ahabaw

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Bolsonaro é fascista ou autoritário?

 

É comum a esquerda e os progressistas acusarem o Presidente Jair Bolsonaro de fascista ou de autoritário. Os seus discursos dão motivos para isso. Seus discursos não politicamente correto dizendo aos seus fiéis que irá acabar com a petralhada, que ele não é coveiro, defendendo a tortura, o regime militar e entre outros discursos, dão uma certa razão a acusação dos progressistas e dos comunistas. 

Porém, devemos observar que o combate aos comunistas feita pelo Bolsonaro NUNCA SAIU DO DISCURSO. Durante o seu governo não teve nenhum preso político ou exilado (existiu autoexílio (completamente desnecessário)).

Se o Bolsonaro fosse autoritário, por exemplo, o youtuber que o chamou de tchutchuca do centrão iria ser preso. Se ele fosse fascista, os seus camisas verde amarela iriam linchar o menino em público. Como o Bolsonaro não é uma coisa nem outra, nada aconteceu nesse episódio. 

https://www.youtube.com/watch?v=rVvMiMCIoMI

Aliás, se o Bolsonaro fosse apenas conservador poderia apenas mandar prender o menino por desacato a autoridade pública. Um juiz do STF poderia muito bem ter feito isso e não receberia acusações de fascismo ou de autoritarismo por parte da mídia. 

Se o Bolsonaro fosse fascista ele teria um grupo paramilitar. Todos os movimentos fascistas do período entre guerras foram marcados por grupos paramilitares. O Duce teve seus camisas negras e o Führer teve seus camisas pardas. O Mito não tem seus camisas verde amarelas. 

O Presidente tem elementos semelhantes ao fascismo, como o populismo, ser um fenômeno de massas, a alcunha do líder, o conservadorismo, a defesa da propriedade privada, o combate ao comunismo. Entretanto, isso não é o suficiente para ser fascista. 

O que falta para o Bolsonaro para ser fascista, é a DOUTRINA FASCISTA. Falta para o Bolsonaro uma DOUTRINA ANTILIBERAL. Falta para o Bolsonaro uma plano econômico visando a AUTARQUIA. Falta para o Bolsonaro uma política visando a expansão demográfica, uma política PRÓ NATALIDADE. Falta para o Bolsonaro exigir do legislativo e do judiciário os seus PLENOS PODERES para poder governar o país.

A acusação que o Jair Bolsonaro é fascista nada mais é do que fruto da propaganda liberal e comunista. Onde todos os movimentos políticos que não se alinham a esquerda e a direita (conforme o entendimento dos democratas liberais) são acusados de extrema direta, de fascistas e de autoritários. 

Por essa razão vemos os absurdos da mídia sendo propagados. Absurdos como o Trump, Putin, Bolsonaro e entre outros sendo classificados como extrema-direita e outras acusações.

Se fomos posicionar o Bolsonaro politicamente, o posicionaríamos como um americanista. Não como um conservador, ou fascista, ou militarista, mas como um americanista. Um representante do partido republicano no Brasil.